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Anvisa amplia prazos de validade de vacina contra Covid-19

A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou a validade de 15 meses para os lotes da vacina Comirnaty (Pfizer/Wyeth) contra a Covid-19. O objetivo, segundo a Anvisa, é acelerar a oferta de vacinas para a população brasileira. A medida, publicada nessa segunda (10), vale para as doses já importadas e distribuídas pelo Ministério da Saúde (MS) com prazo de validade de 9 ou 12 meses impresso na embalagem da vacina, na apresentação adulto, de tampa roxa. 

A nova validade também será aplicada para as próximas doses que forem importadas com essas mesmas características. Já o prazo de validade de 12 meses da vacina Comirnaty pediátrica, nas apresentações com tampa laranja e vinho, não foi alterado.

Setembro foi o segundo mês do ano com os menores registros semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave, desde o começo da pandemia. É o que mostra o novo InfoGripe, publicado pela Fiocruz. O boletim observa o aumento da incidência do vírus influenza A na Bahia, no Goiás, em Minas Gerais, em São Paulo e no Distrito Federal. Já com relação à Covid-19, o número de casos também está em queda. Já o número de casos de Covid-19 também está em queda, de acordo com o informativo. 

Segundo dados do Ministério da Saúde, houve uma redução de 19% na média móvel da primeira semana de outubro, em relação à quinzena anterior. A vacinação contribui para esses números, já que 78% da população já recebeu as duas doses ou dose única da vacina. Um estudo feito pela Fiocruz em parceria com o Instituto de Saúde Global de Barcelona, aponta que pessoas que tomaram duas doses da CoronaVac e um reforço de vacina diferente ganharam proteção consideravelmente maior que os indivíduos que receberam três doses da mesma vacina.
Para o médico e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Daher, a estratégia de usar diferentes imunizantes funciona bem não apenas para a covid, mas também para outras doenças. 

 “É muito importante a estratégia de misture-combine e ela está sendo usada hoje para várias vacinas, inclusive tentativa de vacina contra o HIV, vacina para Hepatite C, com essa estratégia de você utilizar vários componente antigênicos, então vacinas diferentes, para que isso fosse induzindo a produção de anticorpos para determinada doença. De maneira mais robusta, então a produção de anticorpos é mais robusta quando eu utilizo vacinas diferentes.”
 A efetividade do reforço foi avaliada no estudo, em vacina de vírus inativado, que é o caso da CoronaVac, e no imunizante de RNA mensageiro, como é feita a vacina da Pfizer. A pesquisa concluiu que quem tomou as duas primeiras doses e o reforço de CoronaVac não ficou mais protegido do que já estava contra a forma sintomática da doença. Já quem apresentou quadros graves de Covid-19, teve uma proteção moderada, de 74 %. Além disso, essa proteção pareceu diminuir nos quatro meses seguintes.

Reportagem, Lívia Braz Foto: Ministério da Saúde

Foto: Ministério da Saúde

Postagem: Paulo Rogério Tavares

 


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